domingo, 24 de outubro de 2010

Errr...oi!

Quanto tempo, né?

Em época eleitoral, cada palavra que me vem à cabeça é sobre política. Este foi, inclusive, tema do último texto postado neste blog, na época da campanha.

Não voltei a atualizar porque certamente seria tentada, como estou sendo agora, a falar sobre isso. E sou partidária. Extremamente defensora dos ideais nos quais acredito. Sem receber literalmente nada, visto a camisa, vou para a rua, sorrio e sofro com os altos e baixos da campanha.

Por isso, para não ocupar este espaço lírico com minhas convicções, achei melhor calar. Não consigo pensar em poesia que não seja crítica. Não consigo pensar em crônica que não seja revelando podres e fatos de uma eleição cujos palanques têm sido marcados, muitas vezes, por um jogo sujo e anti-democrático.

Vou ficando por aqui, dizendo que tenho saudades dos Devaneios, que fazem Parte de Mim; desta Menina cheia de sonhos e de Poesia na alma.

Paz e bem.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Politica(gem)

Ano de eleição. Época de promessas e apertos de mão. Cartazes, jingles, carros de som, adesivos em automóveis e roupas. Beijos em criancinhas, candidatos do povo. Gente que pede telha, que pede cimento, que pede autógrafo. Que agarra candidato, que “xinga no Twitter”, que veste a camisa. Enquanto para alguns votar no dia 3 é cumprir uma obrigação, para mim é a expressão máxima da cidadania e do poder do povo. Enquanto para uns o guia eleitoral é aquela coisa chata que atrapalha a novela, é uma das poucas vezes na vida que eu paro diante da TV. Porque cidadão tem que gostar de política. Tem que se interessar. Tudo bem, se você não gosta da “politicagem”, das bandeiras e santinhos; das carreatas e discursos... Goste somente de política. Esse discurso de que “não gosto de política por que só tem ladrão” é um mimimi que não vai levar o país a lugar nenhum. Você tem um poder grande em suas mãos. Não o venda. Seus antecessores sofreram o jugo da ditadura e da oligarquia cafeeira. Hoje você é livre para decidir o melhor. Não deixe que o nhém-nhém-nhém partidário oriente suas decisões. Não é disso que nossa Paraíba precisa. A briga Cunha Lima xMaranhão não vai matar a fome do nordestino. E para decidir, é preciso conhecer. Assista o guia eleitoral. Leia os folders. Entre nos sites e acompanhe os twitters. E é nisso que entra a parte mais linda: A comunicação social cumprindo seu papel de informar o eleitor. ♥ Marketing Político, muro pintado, andar na caminhonete em carreata e brigar por candidato? Tá falando com a pessoa certa.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Poeminha da desconfiança

Um menino certa vez

Disse “não” à namorada

A bixinha, tão tristonha

Foi chorar descabelada.

Tudo isso por não entender

Os mistérios da rapaziada.

Quando digo, não entendem:

A vida é fácil e engraçada.



“Ele não gosta mais de mim”

Pensou triste a mocinha

Tinha sido abandonada

E o menino ia para uma festinha.

Ficou doida, ficou maluca

E resolveu dar uma espiadinha

Quando digo, não entendem:

A vida é fácil e engraçada.


Botou um salto e maquiagem

Ficou tão linda, a donzela

“É hoje que eu pego o crápula”

Pensou a nobre cinderela.

Ele pensa que vai à festinha

E vou brincar de aquarela.

Quando digo, não entendem:

A vida é fácil e engraçada.


Pegou o carro do pai escondido

Com um sorriso calado

Ao longe viu o bandido

No carro rebaixado

Chorava compulsivamente

“Que ele não me veja nesse estado”

Quando digo, não entendem:

A vida é fácil e engraçada.


Viu de longe o namorado

Entrando no prédio de esquina

Fingiu ser convidada

E entrou confiante, a tal menina.

Observou o elevador no 6º

“Então é no 6º a festinha”

Quando digo, não entendem:

A vida é fácil e engraçada.


A menina encheu o peito

Brilhou os olhos de rancor

Ia flagrar aquele sujeito

Matá-lo ia aplacar sua dor.

Onde se viu trair donzela,

Homem sem pudor?

Quando digo, não entendem:

A vida é fácil e engraçada.


Parou na frente da porta

E entrou como furacão

Viu uma ruma de macho

Que ao vê-la abriram o bocão

“Que faz aqui mulher?”

“Por que ela veio, João”?

Quando digo, não entendem:

A vida é fácil e engraçada.


João ficou encabulado

Pela ousadia da namorada

E a moça ao ver a cena

Ficou de fato abismada:

Homens jogando videogame

E na mesa uma coca gelada.

Quando digo, não entendem:

A vida é fácil e engraçada.


Armou-se grande confusão

A moça chorou, envergonhada

“Perdoe-me amado João

Por ser tão desconfiada”

“Eu te amo”, disse João,

“Mas videogame é coisa sagrada”

Quando digo, não entendem:

A vida é fácil e engraçada.


A moça então entendeu

O futebol como paixão

Seja no campo, praia, quadra

Ou na frente da televisão

Nunca mais brigaram por isso

E viveram em linda comunhão

Quando digo, não entendem:

A vida é fácil e engraçada.


Por isso a advertência

A toda a mulherada

Entendam que o futebol

É a SEGUNDA NAMORADA!

E antes homens e uma bola

Do que uma piriguete ouriçada!

Quando digo, não entendem:

A vida é fácil e engraçada.