Estava deitada no banco de trás do carro. Observava a lua que, incansável, corria atrás do automóvel. Por vezes, o astro da noite era encoberto durante alguns segundos, por árvores que passavam tão rapidamente que mais pareciam manchas verdes. Já as estrelas, que preguiçosas; estas pareciam não preocupar-se em sair do lugar. Fechou os olhos, e se permitiu ser massageada pelo movimento do carro, cujo tremor servia para relaxar seus músculos tensos. Seu pensamento quase podia alcançar o céu que há pouco contemplava. Em seu coração, um misto de alegria, dúvida, preces e expectativas. Tornou a contemplar a louca corrida. A lua ainda estava na brincadeira. As manchas verdes ainda insistiam em calar a luz do satélite. E as estrelas, ainda preguiçosas, cumpriam seu papel de adorno celeste.
- Chegamos.
Então desembarcou, errante, de sua espaçonave particular.
3 comentários:
Fernandinha, to gostando de te ler. :)
Obrigada, Leo! Fico feliz! :)
lindo lindo Fernanda :D
- Ana Raquel
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Sou toda ouvidos.