terça-feira, 25 de maio de 2010

Gotas de chuva

Dançam céu abaixo

Soltas como versos livres

Nada as detém.


Sozinha, em meu quarto

Observo que se encostam à janela

Tornando-se reféns.


Pelo vidro escorrem presas

Dessa forma chega o fim

Do vai-e-vem.


Surge o sol, e à espreita

De trazê-las de volta,

No processo intervém.


Vão subindo, uma a uma

Na fantástica viagem

De volta para de onde vêm.


Ninguém mais as vê.

Agora o céu está azul.

Agora brilha o sol.


Então posso abrir a janela.

Já não sou incomodada pelas lágrimas do céu...

...Fico enlevada pelos raios sorridentes do sol.

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1 comentários:

Anônimo disse...

Show!
A maneira como você narra me leva ao cenário que criou me dando a ilusão que já estive lá e vi as mesmas coisas.
Parabéns

Felipe Lobo

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Sou toda ouvidos.