Dançam céu abaixo
Soltas como versos livres
Nada as detém.
Sozinha, em meu quarto
Observo que se encostam à janela
Tornando-se reféns.
Pelo vidro escorrem presas
Dessa forma chega o fim
Do vai-e-vem.
Surge o sol, e à espreita
De trazê-las de volta,
No processo intervém.
Vão subindo, uma a uma
Na fantástica viagem
De volta para de onde vêm.
Ninguém mais as vê.
Agora o céu está azul.
Agora brilha o sol.
Então posso abrir a janela.
Já não sou incomodada pelas lágrimas do céu...
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1 comentários:
Show!
A maneira como você narra me leva ao cenário que criou me dando a ilusão que já estive lá e vi as mesmas coisas.
Parabéns
Felipe Lobo
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Sou toda ouvidos.